Coquete Confecções

O baptizado da minha filha foi a um 24 de Setembro e a 22, quando alegremente Lisboa comemorava o Dia Sem Carros, andava eu numa correria a pensar: «Epah o que é que a miúda vai vestir». Sem nunca entrar no sistema de gaspacho da Carmen Maura nas Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, entrei — confiante !!! — e fui recebida de forma acolhedora, o que, lamentavelmente, nem sempre acontece neste tipo de espaços especializados. Expliquei ao que ía, que não haveria tempo para arranjos ou devaneios. Encontrei um vestido que assentou que nem uma luva, sem grandes bordados ou floreados, ela fartou-​se de chorar à mesma com a água baptismal e tudo correu bem. Desde então, tenho sempre a Coquete em grande conta no que respeita indumentária mais cerimonial (sempre dentro do básico!!)

Nunca comprei nenhum vestido de noiva mas um dia hei de comprar. E estou desconfiada que esta loja será a minha primeira opção. Passo muitas vezes por aqui e nunca resisto às montras. Tem sempre vestidos lindíssimos, e está sempre a variar. É das poucas lojas de vestidos de noiva onde consigo apreciar mais do que um vestido na montra. Normalmente, acho sempre pirosos ou demasiado adornados. Esta prima pela simplicidade, beleza e qualidade.

Se há avaliação sem qualquer objetividade é esta: vou já avisando que comprei aqui o meu vestido de casamento.
Associo assim esta loja a momentos muito giros.
Depois de ver vários estabelecimentos talvez mais in, com maior estrutura, e decerto mais badalados, foi de facto aqui que encontrei o que queria. Antes de aqui chegar passei por muitos folhos, muitos laços, muitos drapeados, caudas mais compridas que algumas autoestradas… aqui também se encontram vestidos assim (a noiva que fez prova antes de mim desaparecia debaixo de um merengue, mas estava tão feliz que automaticamente estava linda); só que aqui também há o outro estilo.
Entrei e disse o que queria — curto, com uma renda só em cima, sem isto, sem aquilo, sem… e sem… e também não quero… e a senhora interrompeu-​me, olhou para mim, e desapareceu. Surgiu com um vestido que era exatamente o que eu queria… mas comprido, e antes que eu argumentasse ela disse: «…encurta-​se». Única prova.
Aquele foi o vestido que usei no primeiro dia do casamento que comecei há dezasseis anos.
E porque nos tem apetecido ir casando, dia a dia, guardo com carinho esse primeiro vestido desta aventura e não voltei a ser cliente da Coquete, nem me apetece lá entrar, para guardar do espaço as imagens que tenho como noiva, mas posso dar informações mais atualizadas porque uma amiga que casou há uns meses foi lá por indicação minha e encontrou o que procurava e espero que também ela ache que foi o «vestido» certo para ela. Eu acho.