Os leitores mais despachados discordarão certamente, mas não confio nem recomendo a nova geração de estabelecimentos«minuto». Tudo — das chaves às solas — se faz num instante. O período de espera é frequentemente proporcional à qualidade dos serviços destas cadeias, e não ppr culpa dos funcionários, que carecem da experiência e saber que sempre se conseguiu no lugar de aprendiz, ao lado de um mestre. As paredes deste Salão Minuto guardam essa forma de saber fazer, mas não só. Numa loja que eu suspeito ter sido estabelecida na década de 1950, ostenta ainda o sinal amarelo com o nome manuscrito na montra, a condizer com o balcão que, apesar da idade e manchas, ainda ostenta a decoração em triângulos amarelos e brancos na vertical, como um tambor. Antes de me aventurar a contratar um sapateiro, perguntei aos meus vizinhos da Casa Pélys e, informada que são mais caros mas os melhores, lá fui. Achei os preços medianos e o serviço excelente, tendo reparado uma mala dos anos 50 em pele de lagarto com uma falha numa alça e uma outra alça de uma mala de pele dos anos 50 por 2 €, se a memória não me trai. Desde então, já pedi vários arranjos em sapatos de pele verdadeira e sintética e nunca saí desiludida quando os recolhi no dia seguinte ou dias depois. E como se diz sempre, melhor prevenir que remediar — as poupanças em serviços especializados nunca são boa ideia!